Guarda Municipal de Gravataí recebe capacitação sobre abordagem a pessoas com autismo

Com foco na qualificação dos agentes para atendimentos mais humanizados, a Guarda Municipal de Gravataí participou, nesta quarta-feira (26), de uma palestra sobre abordagem em serviço a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A atividade também contou com a presença de guardas municipais de Canoas e foi ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Carlos Augusto Welte Santana, servidor do Instituto Geral de Perícias (IGP) e professor da Academia Estadual de Polícia.

O conteúdo abordou a importância de compreender as especificidades do TEA no contexto das ações de segurança pública. Entre os tópicos tratados, estiveram os sintomas mais frequentes do transtorno, como a repetição de palavras, desvio do olhar, hipersensibilidade ao toque e dificuldades de interação — comportamentos que, em contextos mal interpretados, podem levar a abordagens equivocadas.

O secretário municipal para Assuntos de Segurança Pública (Smasp), Emílio Teixeira, destacou a relevância da qualificação contínua das forças de segurança. “A atuação dos agentes deve ser ajustada à realidade de cada situação. A compreensão equivocada de sinais do autismo pode levar a consequências trágicas. Por isso, o conhecimento básico sobre o transtorno é essencial para prevenir o uso indevido da força”, afirmou.

Emílio agradeceu ao comandante da Guarda Municipal de Gravataí, Ciro Mello, pela iniciativa, e ao Dr. Carlos Welte pela disposição em compartilhar seus conhecimentos técnicos e pessoais, uma vez que é pai de um jovem autista. “Certamente nossos agentes estarão mais preparados para lidar com situações delicadas, nas quais paciência e empatia são indispensáveis”, completou.

O evento também contou com a presença de agentes da GM de Canoas, acompanhados do inspetor Carvalho, e do vereador Policial Evandro Coruja, que tem pautado iniciativas voltadas à inclusão e à segurança humanizada.

O Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento, com manifestações que variam significativamente entre os indivíduos. A qualificação dos agentes é uma medida essencial para garantir o respeito aos direitos e à dignidade das pessoas com autismo em situações de abordagem policial.

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